As Unidades de Saúde municipais dos Doze Distritos Sanitários de Salvador irão promover atividades especiais durante todo o mês de novembro

Com o objetivo de debater questões relacionados à saúde da população preta e parda da capital baiana, bem como discutir o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a população negra, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) intensifica ações de cuidado com a saúde desse público durante o Novembro Negro, que será iniciada na próxima quinta-feira (03), com a abertura oficial da Campanha.

O Programa de Combate ao Racismo Institucional será a pauta da abertura do Novembro Negro, que acontecerá na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Campus Cabula, localizado na rua Silveira Martins, nº 100, das 09 às 12 hs. Já no dia 17 de novembro, das 13 ás 17hs, a “Saúde da população negra na infância e adolescência: caminhos para equidade” será o tema da conferência aberta ao público, no mesmo local.
Na ocasião, o racismo na infância e adolescência, e o Racismo nas escolas, Bullying na infância e o combate a gordofobia também estarão em debate. Além disso, as unidades de saúde municipais dos Doze Distritos Sanitários de Salvador irão promover atividades especiais de conscientização durante todo o mês de novembro, considerando que algumas patologias, a exemplo do diabetes, hipertensão arterial, glaucoma e doença falciforme apresentam maior prevalência na população negra.

“É importante reconhecer que a maioria da população soteropolitana é negra e precisamos cuidar das doenças que afligem com mais intensidade essa população, bem como combater o racismo de todas as formas, inclusive, o institucional. Por isso, a Saúde tomou a decisão estratégica de fazer ações efetivas durante todo o mês. Serão diversas atividades diárias de acolhimento, assistência e cuidado dessas pessoas que são a cara da nossa cidade”, declarou Decio Martins, secretário municipal de saúde.

Dados

Dados do IBGE de 2019 apontam que a população de Salvador é formada por 81,5% das pessoas declaradas negras que, historicamente, apresentam maior vulnerabilidade social e econômica. De acordo com especialistas, isso acaba refletindo também numa menor expectativa de vida e maior susceptibilidade a doenças e agravos. Associado a isso, a pandemia da Covid-19 trouxe, de maneira geral, ainda mais instabilidade social, consequentemente, com impactos à saúde dessa população.