ambulatorio_doenca_falciforme Para ampliar o acesso dos pacientes e garantir a qualidade do tratamento a atual gestão implantou os primeiros Ambulatórios Municipais Especializados em Doença Falciforme do Brasil

Doença genética e hereditária, predominante em negros, a anemia falciforme pode oferecer implicações sérias e até mesmo levar a morte. Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil cerca de 3.500 crianças nascem por ano com a doença, sendo 1 bebê a cada 1.000 nascimentos. Salvador concentra o maior número de portadores da doença: a cada grupo de 650 bebês nascidos vivos, 1 tem a patologia, o que representa em média 65 crianças por ano.

Para garantir a assistência ao portador da doença, a Prefeitura implantou o Programa Municipal de Atenção às Pessoas com Falciforme que conta com 12 Unidades de Saúde de referência, disponibilizando equipes multidisciplinares compostas por médicos, pediatras, dentistas, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais e farmacêuticos, além de técnicos em enfermagem e em nutrição, todos capacitados para acolher os pacientes.

Além disso, a atual gestão implantou na capital os primeiros Ambulatórios Municipais de Doença Falciforme do país, instalados no Centro de Saúde da Carlos Gomes e no Multicentro Vale das Pedrinhas. Nessas unidades os cidadãos podem contar com o atendimento especializado no diagnóstico, prevenção e aconselhamento aos pacientes e familiares através da atuação de médicos hematologistas e hepatologistas pediátricos e adultos e psicológos.

Cada Ambulatório Municipal tem a capacidade de atender cerca de 210 pessoas por dia e a expectativa da administração é ampliar para 12 – uma em cada distrito sanitário do município – o número dessas unidades até 2016.

A doença – A anemia falciforme caracteriza-se por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos. A doença é causada por mutação genética, responsável pela deformidade dos glóbulos vermelhos. Os principais sintomas são: dores articulares, palidez e icterícia, atraso no crescimento, feridas nas pernas, tendência a infecções, e problemas neurológicos, cardiovasculares, pulmonares e renais.

O diagnóstico da doença é realizado através do teste do pezinho, disponível gratuitamente em todas unidades básicas de saúde da rede municipal para os recém nascidos entre o terceiro e sétimo dia de vida. Para as pessoas que não realizaram a triagem neo-natal, a Secretaria Municipal da Saúde também oferece o exame laboratorial (eletroforese) para a identificação da anemia falciforme. Os pacientes que fazem tratamento na capital contam ainda com a dispensação dos medicamentos da farmácia básica de forma gratuita.