Criado desde 2005, pelo Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, juntamente com a fortificação obrigatória das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico e a orientação nutricional, constituem o conjunto de estratégias voltadas para controle e redução da anemia por deficiência de ferro no País.
Em crianças a anemia está associada ao retardo do crescimento, comprometimento da capacidade de aprendizagem (desenvolvimento cognitivo), da coordenação motora e da linguagem, efeitos comportamentais como a falta de atenção, fadiga, redução da atividade física e da afetividade. Assim como, uma baixa resistência a infecções. Nos adultos, a anemia produz fadiga e diminui a capacidade produtiva. Nas grávidas, a anemia é associada ao baixo peso ao nascer e a um incremento na mortalidade perinatal.  O PNSF prevê a distribuição de suplementos de ferro para todos os municípios brasileiros, com o objetivo da suplementação universal de crianças de seis a 18 meses, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres no pós-parto e pós-aborto.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, dos 150 países membros, de um total de 197, a anemia é considerada um problema moderado ou grave de saúde pública. Sendo 47,4% representados por crianças menores de cinco anos e 41,8% de gestantes. Na América Latina, a prevalência entre os pré-escolares é de 39,5% e entre as gestantes, de 31,1% .

Já no Brasil, a anemia entre crianças menores de cinco anos varia de 30 a 70%, sendo que a maior incidência, mais de 50%, é observada em crianças com idade abaixo de 24 meses.

Em Salvador, um estudo epidemiológico realizado em 2004, por Assis Gaudenzi, identificou que 46,3% de anemia estão entre os pré-escolares. Já a deficiência de ferro por lactentes (crianças menores de 12 meses) foi de 62,8%. Por este motivo, a Secretaria Municipal de Saúde vem intensificando esforços para melhor operacionar o Programa Nacional de Suplementação de Ferro nas unidades do Município. As ações de combate à anemia da SMS incluem a promoção de aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida, promoção da alimentação complementar oportuna, suplementação medicamentosa por meio do PNSF e a educação nutricional. A Suplementação Ferrosa está disponível em todas as unidades de saúde do município.