Salvador vem apresentando tendência de redução na detecção de casos novos

A Prefeitura, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), segue expandindo o Programa Municipal de Controle da Hanseníase nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Salvador. Com a implantação da estratégia na UBS Dr. Orlando Imbassay, localizada no Distrito Sanitário de Itapuã, neste mês de abril, a capital atingiu o índice de 92% de cobertura para tratamento da doença, com a oferta do serviço em 143 UBSs.

O Secretário Municipal da Saúde, Decio Martins, avaliando a evolução dos casos da doença, observa que “Salvador vem apresentando tendência de redução na detecção de casos novos, na população geral, e na população de 0 a 14 anos, acompanhando a tendência nacional”. No período de 2010 a 2020, 3.259 casos novos de hanseníase foram diagnosticados na população geral em Salvador, dos quais 226 casos ocorreram em menores de 15 anos, sendo 166 casos em 2020, e 180 em 2021.

“A hanseníase é uma doença infectocontagiosa e permanece como um problema de saúde pública desafiador, especialmente devido ao impacto socioeconômico e repercussão psicológica ocasionado pelas incapacidades físicas frequentes no processo do adoecimento”, comenta Helena Ribeiro, técnica do Campo Temático da Hanseníase/Diretoria de Atenção à Saúde da SMS.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se pelo acometimento dermatoneurológico, o que confere a doença um alto poder incapacitante, que ainda persiste como problema de saúde pública no mundo e no Brasil. Trata-se de uma doença curável com tratamento supervisionado por meio da Poliquimioterapia Única (PQT-U), oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde – SUS.

Os tipos de hanseníase são classificados quanto ao número de lesões cutâneas, carga bacilar e nível de acometimento dos nervos periféricos.