O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), deu continuidade nesta segunda-feira (12), em Salvador, às ações de combate aos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da dengue e da febre chikungunya, respectivamente. Para tanto, foi disponibilizado um efetivo de 1.200 agentes, que, divididos em 18 equipes, realizam a prevenção e o controle das infestações nos 12 distritos sanitários da capital baiana.


Durante as operações, é realizado o bloqueio espacial, com a utilização de inseticidas, nas proximidades das residências identificadas com casos suspeitos. Além disso, nos criadouros localizados, é realizada a aplicação de larvicida. Os depósitos das larvas são inutilizados, ficando o local livre da infestação por até três meses.

Conscientização – Além do combate aos transmissores, a ação conta com um trabalho de conscientização da população a respeito das formas de prevenção e dos cuidados básicos que podem ser adotados com a finalidade de evitar o surgimento de novos nascedouros dos mosquitos. “A ação conta ainda com trabalho de panfletagem e palestras em escolas, centros comunitários e universidades nas localidades visitadas. Nessas ocasiões, nosso pessoal dá explicações à população sobre a forma de transmissão e como agir para evitar a proliferação dos agentes transmissores”, disse o subcoordenador do CCZ no distrito Barra/Rio Vermelho, Reginaldo Fernandes, que comandou a equipe de campo nesta segunda-feira, no bairro do Rio Vermelho.

De acordo com Reginaldo Fernandes, os principais entraves ao trabalho dos agentes de endemias são as chamadas “pendências”. O termo é utilizado para designar as ocasiões em que os representantes do órgão visitam residências ou prédios comerciais, cujos proprietários ou responsáveis não se encontram no local, ou simplesmente se negam a atender as equipes da Prefeitura.

“Os imóveis fechados e as recusas dos moradores em receber os agentes em suas casas se tornaram um grande problema. Mesmo cientes da necessidade e da urgência do combate ao mosquito, os moradores impedem o acesso das equipes em seus lares, dificultando a ação preventiva”, afirma o subcoordenador.

Casos – Em 2015, a secretaria já contabilizou dois casos suspeitos de febre chikungunya e três de dengue, sendo que em nenhuma das hipóteses ficou confirmada a presença da doença. Em 2014, o município de Salvador registrou 7.224 casos suspeitos de dengue, com 631 confirmações. Enquanto isso, das 80 notificações suspeitas de chikungunya, apenas três obtiveram resposta positiva aos testes.