bucomaxilo_carnaval2018_siteA redução nos episódios de violência contribuiu para desagravo das lesões

Desde o início oficial do carnaval 2018 de Salvador até às 06h da manhã deste domingo (11), os módulos de saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registraram 179 atendimentos bucomaxilofaciais. Dentre os procedimentos, o que mais se destacou foram os pequenos ferimentos como cortes no supercílio, seguido das fraturas de mandíbula e nariz.

A redução nos episódios de violência nos circuitos oficiais do Carnaval contribuiu para desagravo das lesões. Das ocorrências registradas a sua maioria não são com nenhum tipo de fratura. “A atenção prestada no momento do trauma é muito importante. Além de diminuir os riscos para o paciente, reduzindo em até 90% as chances de deformações faciais irreversíveis, diminui também os custos do Sistema Único de Saúde com hospitalização, uma vez que na maioria dos casos não há necessidade de transferência para emergências, com a resolução da ocorrência no próprio circuito da festa”, afirmou Lucindo Sobrinho, coordenador cirúrgico dos atendimentos bucomaxilar.

Em relação ao mesmo período do ano passado, houve uma redução de 14,7% no número de casos. Para o gestor da pasta, José Antônio Rodrigues Alves, a ampliação da programação com trios sem cordas pode ser um dos motivos que redunda na diminuição dos casos de violência.

“É perceptível que o incentivo ao Carnaval sem cordas tem garantido uma festa mais tranquila. A programação mais extensa de trios sem cordas pode ser indicativo de redução das agressões físicas nos circuitos. O fato é que o espaço nas ruas aumentam e aquele tensionamento que existia entre cordeiros, foliões e a Polícia Militar que tinha que agir energicamente para manter a ordem, reduz substancialmente e resulta na queda consistente no número de agressões, inclusive de ocorrências com maior gravidades e isso evidência um Carnaval mais tranquilo até o momento que os anos anteriores”, afirmou o gestor.

Após o procedimento, os casos mais complexos são encaminhados para uma unidades da rede de hospitais públicos e privados para acompanhar a evolução do quadro clínico, já que estabilização de um trauma pode durar até 60 dias.

Por: Silvia Castro