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Para marcar a passagem pelo Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, em 1º de dezembro, a Secretaria Municipal da Saúde programou uma série de atividades de conscientização sobre a doença. Em Salvador já foram registrados 6.930 casos de Aids entre os anos de 1984 e 2011.

O Centro de Testagem e Aconselhamento Marymar Novais (Dendezeiros) dará enfoque a conscientização dos jovens homossexuais de 15 a 24 anos, que segundo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado no começo desta semana, é o grupo com mais incidência de casos positivos. Para tanto, realiza entre os dias 01 e 02 de dezembro, atividades educativas com os adolescentes do Projeto “Na Trilha da Cidadania”. Na quinta-feira (01), o CTA exibe o filme POSITIVAS, de Susanna Lira, que retrata a história de mulheres em relação estável que contraíram a doença. A atividade terá início às 13h30 e após a exibição, haverá uma roda de conversa com a participação de Rosaria Piriz, ativista da Rede de Pessoas Vivendo com HIV.

Haverá também mobilização nos postos de saúde do Distrito Sanitário Centro Histórico. Na Unidade de Saúde da Família do Terreiro de Jesus vão ser realizados testes rápidos para diagnóstico precoce do HIV. Os profissionais da USF Gamboa, juntamente com estudantes de enfermagem da FIB, realizarão palestras e atividades sobre a doença, tratamento e prevenção na sala de espera. No dia 06 de dezembro será realizada uma caminhada no Dique do Tororó, reunindo profissionais e pacientes, e no dia 07 de dezembro, o Centro de Saúde São Francisco montará um stand educativo na Feira Natal Cidadão, na Praça da Piedade.

Situação da Aids no Brasil

Boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde revela que: 

·                                  Estima-se que 630 mil brasileiros vivam com Aids;

·                                  É registrada uma média de 35 mil novos casos de Aids por ano;

·                                  São registrados 11 mil óbitos, em média, por ano;

·                                  A doença é mais comum entre os homens (0,82%) do que entre as mulheres (0,41%);

·                                  O país registrou 11.965 óbitos em 2010 (em 2009, foram 12.097);

·                                  Desde 1980, são 241.469 mortes;

·                                  O Sudeste concentra 56,4% dos casos;

·                                  O Norte, Nordeste e Sul apresentam aumento da incidência;

·                                  A epidemia concentra-se nos grandes centros, mas há avanço em direção as cidades menores.

 

A campanha deste ano, por meio do slogan “A aids não tem preconceito. Previna-se”, reforça a necessidade de se discutir questões relacionadas à vulnerabilidade à Aids entre jovens homossexuais de 15 a 24 anos e entre pessoas vivendo com HIV/aids. Também busca uma sociedade mais solidária, sem preconceito e tolerante à diversidade sexual.

Isso porque o boletim divulgado na segunda-feira chama a atenção para públicos específicos, que têm tido comportamento diverso, ampliado o número de casos.  Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Já entre os homossexuais da mesma faixa houve aumento de 10,1%. No ano passado, para cada 16 homossexuais nesta faixa etária vivendo com Aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação em 1998 era de 12 para 10.

Na população de 15 a 24 anos, entre 1980 e 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de Aids, sendo 38.045 no sexo masculino (57%) e 28.648 no sexo feminino (43%). O que equivale a 11% do total de casos de Aids notificados no Brasil desde o início da epidemia ocorre entre jovens.