audiencia_mortalidade_maternaAcontece amanhã (29), no auditório do Ministério Público da Bahia, uma audiência pública para marcar o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Galeria de imagens.

O evento faz parte de uma série de ações que integram o plano de cooperação técnica com o Fundo de População das Nações Unidas – UNFPA, para promoção da saúde sexual e reprodutiva em Salvador, em vigor desde março de 2008. As atividades vêm sendo realizadas em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde (SMS), Relações Internacionais (SECRI), Educação e Cultura (SMEC), Reparação (SEMUR) e com a Superintendência de Políticas para as Mulheres (SPM).

A mobilização pela redução da morte materna, realizada pela capital baiana e outros municípios do estado, inclui distribuição de material informativo nas unidades de saúde, maternidades, escolas e outras repartições públicas da cidade, assim como a realização de palestras e oficinas em vários bairros de Salvador. “O objetivo da ação é garantir que as mulheres sejam informadas sobre direitos relacionados ao exercício pleno de sua vida sexual e reprodutiva, incluindo o direito à viver livre da morte materna”, ressalta Fernanda Lopes, oficial de Programa em Saúde Reprodutiva e Direitos do UNFPA no Brasil.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, a morte materna é definida como a morte de uma mulher durante a gestação, independente de sua duração, ou até 42 dias após seu término, em virtude de qualquer causa relacionada com ou agravada pela própria gravidez ou por medidas a ela relacionadas. A morte materna é uma das dez principais causas de morte entre mulheres de 10 a 49 anos no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 70% destes óbitos são decorrentes de omissões, intervenções ou tratamento incorretos ou, ainda, de uma cadeia de eventos resultantes de qualquer uma dessas causas.

O Ministério da Saúde registrou aproximadamente 220.000 internações motivadas por aborto inseguro nas unidades do SUS, em 2007, e estima que cerca de 1.400.000 mulheres realizem aborto no Brasil a cada ano.

Segundo avaliam técnicos e autoridades, a mobilização acontece em um momento crucial para a conscientização e o enfrentamento do problema. “Cerca de 90% das mortes maternas poderiam ser evitadas caso houvesse atendimento adequado no pré-natal, no parto e pós-parto. É preciso que toda a sociedade saiba disso e que reivindique seus direitos”, alerta Fernanda Lopes.

Os parceiros na iniciativa incluem o governo do estado da Bahia, por meio das Secretarias de Promoção da Igualdade Racial – SEPROMI – e da Saúde – SESAB, além da Associação de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia – SOGIBA, e o Ministério da Saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a expectativa é que outros parceiros possam aderir e que a iniciativa se torne uma ação nacional.

Audiência Pública

Data: 29 de maio
Hora: 14h
Local: Auditório do Ministério Público Estadual da Bahia
Endereço: Av. Joana Angélica, 1312, Nazaré – Salvador – Bahia