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A principal causa de atendimento continuam sendo as agressões físicas, o que resultaram em 225 cirurgias de estabilização nos postos de saúde instalados pela Prefeitura nos circuitos da folia desde o primeiro dia de Carnaval.

A maioria das vitimas apresentavam quadro de politraumatismo de face e traumatismo crânio encefálico, além de fraturas de mandíbula, nariz e frontal. Os atendimentos foram realizados também por conta de hemorragia artéria facial, hemorragia de couro cabeludo e cortes na língua.

 

Os atendimentos especializados são realizados por cinco equipes de cirurgiões bucomaxilofacial. Duas delas percorrem todos os módulos de acordo com as chamadas realizadas, através de motolância para facilitar o acesso nas ruas interditadas ou tomadas pela multidão de foliões. Outras três ficam fixas nos postos instalados na Montanha, Piedade e Sabino Silva, onde é elevado o número de ocorrências.

 

 “A atenção prestada no momento do trauma é muito importante. Além de diminuir os riscos para o paciente, diminui também os custos do Sistema Único de Saúde com hospitalização, uma vez que na maioria dos casos não há necessidade de transferência para emergências” afirma Dr. Miguel Setúbal Andrade, responsável por uma das equipes móveis.

 

A idéia de levar o projeto inovador para as ruas foi do Coordenador Geral do Samu, Dr. Ivan Paiva. “Analisando carnavais passados vimos a necessidade de oferecer o serviço. Um caso que me chamou atenção foi de um folião que teve o rosto desfigurado por socos e pontapés. Se tivéssemos especialista no momento, esse paciente poderia ser tratado ali mesmo, no Posto de Saúde”, disse Dr. Ivan. Os traumas estão entre as principais causas de morbimortalidade no mundo. Dentre os diversos tipos, o trauma de face destaca-se como um dos de maior importância, uma vez que apresenta repercussões emocionais, funcionais e possibilidade de deformidades permanentes.