Levantamento foi o primeiro realizado desde o início da pandemia da Covid-19

O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre 29 de novembro a 03 de dezembro, revelou que a capital baiana segue em alerta para uma possível epidemia das arboviroses – dengue, zika vírus e chikungunya. O estudo apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) é de 2,1%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, aproximadamente dois apresentaram focos mosquito. O indicador se manteve estável em relação ao levantamento anterior (janeiro/2020) quando o índice era de 2,3%

Algumas localidades do bairro de Itapuã registaram o maior percentual de infestação do mosquito da cidade com 10,2%, seguido das localidades de Coutos e Vista Alegre (7,4%), e Fazenda Coutos com 6%. A comunidade do Alto do Peru apresentou o indicador mais baixo no município com 0%, ou seja, nenhum foco foi identificado na região durante o estudo.

“Passamos por um período desafiador durante a pandemia, já que suspendemos as inspeções domiciliares dos agentes de combate às endemias por conta do risco de transmissibilidade do Covid-19. No entanto, intensificamos o trabalho de enfrentamento ao Aedes com os mutirões nos bairros em parceria com a Limpurb. Isso ajudou a manter o indicador estável na cidade. Vamos seguir com a intensificação das medidas para reduzir ainda mais esse indicador durante o verão”, pontuou Andréa Salvador, diretora de Vigilância à Saúde.

Ações de contingência – Para o enfrentamento das arboviroses, a Prefeitura da capital baiana intensificará a partir desta quarta-feira (15) ações de contingência nas localidades com maior vulnerabilidade para infestação do mosquito. O objetivo é identificar os pontos críticos e eliminar os focos e criadouros dos vetores num curto espaço de tempo para evitar o crescimento dos casos das arboviroses nessas comunidades.

A ação inicia amanhã a partir das 08 horas e contará com as equipes do Centro de Controle de Zoonoses em conjunto com a LIMPURB. O ponto de encontro será em frente à Igreja Católica Nossa Senhora da Conceição de Itapuã.

Na mobilização, serão feitas a aplicação de inseticida, varredura casa a casa feita pelos agentes de combate às endemias, além do tratamento de focos em terrenos baldios com auxílio dos profissionais da Limpurb e busca ativa de indivíduos com sintomas dos agravos.

Entre dezembro de 2021 e março 2022, Salvador realiza até o “Plano verão sem Mosquito”. A operação visa a redução da proliferação de mosquitos em nossa cidade.

Casos das doenças – De janeiro a dezembro desse ano, Salvador registrou 1.022 casos das arboviroses (625 de dengue, 341 chikungunya e 56 de zika). No mesmo período de 2020, a capital baiana já tinha registrado 23.313 ocorrências das doenças (10.304 dengue, 12.002 chikungunya e 1.277 zika), ou seja, as ações deflagradas pela Prefeitura resultaram na redução de aproximadamente 96% do número de casos na cidade no comparativo entre os dois anos.