Após uma série de ações especiais voltadas ao cuidado com a saúde da população negra neste mês de novembro, a I Mostra de Experiências Exitosas da Saúde da População Negra, realizada nesta quarta-feira (29), no auditório da Faculdade Estácio de Sá, no Stiep, encerrou a Campanha Novembro Negro promovida pela Secretaria Municipal de Saúde.

No evento, os multiprofissionais dos doze distritos sanitários da capital baiana apresentaram suas experiências no enfrentamento ao racismo, os desafios cotidianos, as principais demandas e incidências da população negra, além do compartilhamento de ideias entre os territórios. Na ocasião, também foi lançada a Cartilha de Pontos Focais, elaborada pela SMS em parceria com a Secretaria da Reparação (Semur), voltada para profissionais da saúde, sendo um material de circulação interna, que visa orientar o trabalho dos pontos focais em saúde da população negra.

“A estratégia de Pontos Focais (PF) surge a partir de trabalhadores da rede de saúde do município, sensíveis à discussão étnico-racial, que se dispõem a incluir a temática racial na sua rotina profissional. No papel do ponto focal, é imprescindível compreender a transversalização da temática, ou seja, ela dialoga com diversas outras áreas da saúde, seja nos agravos (pessoas com determinadas doenças e que também são negras), seja nos ciclos de vida (homens, mulheres, crianças, adolescentes ou pessoas idosas que são negros), seja nas questões de gênero (questões LGBT em proximidade com questões raciais) e tantos outros exemplos existentes”, explica Djara Mahim, subcoordenadora de cuidados transversais em saúde da SMS.

Além disso, a SMS promoveu a 2ª Turma do Curso Racismo e Saúde, com carga de 120 horas, entre os meses de julho a novembro, com a participação de 25 profissionais da rede que puderam aprofundar seus conhecimentos na discussão do racismo e seus impactos na saúde.

A vice-prefeita e titular da SMS, Ana Paula Matos, destaca a importância do Novembro Negro para a promoção dos cuidados preventivos com a saúde dessa população. “Neste ano, a Prefeitura potencializou os investimentos na Campanha Novembro Negro, considerando as diversas áreas, de forma intersetorial, unindo pastas, e na saúde não foi diferente. Fortalecemos as iniciativas, a capacitação dos profisisonais e ampliamos a gama de serviços, ações, orientações, o acolhimento sensível e humanizado, visando a prevenção no cuidado com a saúde da população negra de Salvador”, considerou.

Saiba como denunciar casos de racismo:
Disque 129 – Orientação em todas as áreas de atuação da Defensoria Pública. Horário de funcionamento: 8h às 17h, de segunda a sexta-feira;

Disque Racismo 156 – Horário de funcionamento: 8h às 17h, de segunda a sexta-feira;

Observatório da Discriminação Racial e LGBT/SEMUR; Denúncias pelo site www.observatorioracialelgbt.salvador.ba.gov.br/ denunciar ou pelo WhatsApp (71) 98622-5494. Acolhe denúncias e realiza encaminhamentos pelo telefone (71) 3202-2701 ou presencialmente, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no endereço: Rua Carlos Gomes, no 31- Centro. SEMUR: telefone para contato (71) 3202-2629. Endereço: Edifício Nossa Senhora da Ajuda, R. do Tesouro, s/no – 6o andar – Centro.