Procedimento é essencial para a detecção precoce de diversas doenças

O teste do pezinho é obrigatório e gratuito em todo o território nacional desde 1992, sendo o Dia Nacional do Teste do Pezinho instituído pela Lei n° 11.605/2007, comemorado nesta terça-feira, 6 de junho. Visando garantir os cuidados essenciais aos recém-nascidos, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador oferta o exame em todas as unidades de saúde da rede, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.

O exame faz parte da triagem neonatal e é realizado através de coleta de sangue no calcanhar dos bebês, possibilitando a identificação precoce de doenças metabólicas, genéticas, enzimáticas, endocrinológicas e infecciosas, capazes de afetar o desenvolvimento neuropsicomotor do recém-nascido, mas que não apresentam sintomas detectáveis; dentre as doenças mais recorrentes detectadas estão a fibrose cística, hiperplasia congênita das supra renais, hipotireoidismo congênito, e deficiência de biotinidase. Quando identificadas logo no início da vida, podem fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e no desenvolvimento saudável da criança; possibilitando melhoria na qualidade de vida e o desenvolvimento físico e mental.

A vice-prefeita e secretária da Saúde de Salvador destaca sobre a relevância e a obrigatoriedade da triagem neonatal. “Todas as unidades de saúde da nossa rede ofertam o teste do pezinho, um dos exames mais importantes para o recém-nascido. É nosso dever seguir garantindo o cuidado integral aos nossos recém-nascidos, com a oferta do serviço em todas as unidades, diagnóstico precoce e tratamento adequado para proporcionar melhor qualidade de vida às nossas crianças, evitando mortes prematuras. Até março deste ano, 6.075 procedimentos foram realizados em Salvador”, destacou Ana Paula.

Apesar de sua tamanha importância, o teste do pezinho é muito simples e rápido. São colhidas algumas gotas do calcanhar da criança, que posteriormente serão analisadas em laboratório. Após o nascimento do bebê, o teste do pezinho deverá ser feito entre o 3º e 7º dias de vida. Quando a coleta é feita tardiamente, a suspeita de algumas doenças é dificultada, podendo atrasar intervenções e até mesmo tratamentos. A triagem também não poder ser feita antes de 48 horas de vida, pois o recém-nascido, durante este período, ainda apresenta alterações hormonais e metabólicas que influenciam o resultado do teste.