Para marcar o Dia Nacional de Combate à Sífilis, comemorado no terceiro sábado de outubro, a Secretaria Municipal da Saúde, através do Programa Municipal de DST/ Aids, realiza a partir desta sexta-feira (23) uma série de eventos que visam conscientizar a população e profissionais de saúde quanto ao controle da doença. Este ano, o tema do Dia Nacional de Combate à Sífilis é “Homem, faça o exame da sífilis”, chamando atenção para a importância da prevenção.

As ações serão iniciadas amanhã, a partir das 9 horas na Fiocruz-BA. Uma sessão técnico-científica será realizada para os profissionais que atendem diretamente a população. Já a partir de segunda-feira (26), será realizada uma mobilização em todas as unidades de saúde do município com oferta de exame para diagnóstico da sífilis.

O objetivo é promover uma sensibilização para a necessidade do diagnóstico precoce e tratamento imediato da doença, além de se buscar obter um diagnóstico da situação real da sífilis no município de Salvador. Os exames serão coletados até o dia 29 em unidades que já tenham sala de coleta. Os resultados serão entregues nas unidades que oferecem tratamento imediato. (ver relação abaixo)

Sífilis

A Sífilis tem como agente causador uma bactéria espiroqueta, Treponema pallidum. Também conhecida com Lues, começa com uma discreta lesão (pequena ferida) nos órgãos genitais (pênis, vulva, vagina, colo uterino) que não causa dor. É geralmente única e aparece 20 a 30 dias após a relação sexual infectante. Esta pequena lesão desaparece espontaneamente em menos de 1 mês. Depois de aproximadamente 10 dias do aparecimento da ferida, surgem caroços nas virilhas (as ínguas) que somem, apesar de não tratadas. Fica-se algum tempo (30 dias) sem manifestações para então aparecerem manchas avermelhadas na pele, que parecem uma alergia, porém com uma diferença: geralmente não coçam. Daí, então, a doença evolui com aparecimento eventual de alterações na pele e mucosa, principalmente ao redor dos órgãos genitais. Depois de 1 a 2 anos de evolução, a doença entra na fase de latência (ausência de manifestações no corpo). Depois desse período, a doença pode evoluir para fase tardia, principalmente com lesões no coração e cérebro. A doença só continua quando não ocorre tratamento adequado. As gestantes com Sífilis podem abortar ou gerar crianças com graves problemas ou mesmo mortas, quando não tratadas. Existe um exame de sangue (sorologia) que serve para fazer o diagnóstico e controlar a cura da doença. O importante é que este exame só fica positivo após 5 semanas do contato sexual infectante e sua negativação, em muitos casos, só ocorre vários meses após o tratamento. Em algumas pessoas, este exame pode ficar positivo (em concentração muito baixa) por toda a vida, mesmo depois da cura completa da doença. É sempre necessário orientação do médico, pois só ele sabe interpretar os resultados de sorologia para Sífilis.