Espécie pode transmitir doenças parasitárias de risco à saúde pública. Atividades acontecem ao longo do mês de julho

O Centro de Controle de Zoonoses de Salvador, vinculado à Secretaria Municipal da Saúde, realiza uma inspeção para vigilância ao caramujo africano Achatina fulica na extensão da orla marítima. A coleta será apenas em área pública, sendo que o monitoramento residencial é de responsabilidade do proprietário do espaço.

As atividades foram iniciadas no dia 11 e seguem até o próximo dia 22 de julho. As equipes do CCZ se deslocam pela manhã para fazer o trabalho de prevenção contra o molusco, período em que estão mais ativos e fica mais fácil para encontrá-los.Nesta quinta-feira (14), será a vez do trecho do bairro da Boca do Rio e em seguida, Pituaçu, na sexta-feira (15).

Segundo a chefe do Setor de Vigilância e Controle das Zoonoses transmitidas por animais sinantrópicos, Cristiane Yuki, a espécie tem um potencial risco à saúde pública em áreas urbanas pelo nível de reprodução. “Uma espécie pode depositar, pelo menos, 200 ovos a cada quatro ou cinco vezes em um ano. Por isso, estamos intensificando as inspeções para localização das populações deste caramujo, ação fundamental para evitar o contato com as pessoas.

Doenças

A espécie transmite doenças, como por exemplo, angiostrongilíase abdominal e a meningite eosinofílica. A primeira é causada pela presença do parasito dentro do intestino, podendo perfurá-lo ou obstruí-lo, ocasionando fortes dores no abdômen, vômitos e febre prolongada. Já a meningite ocorre quando os parasitas invadem a corrente sanguínea e causam inflamação nas membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.

Cuidados e controle com o caramujo

O CCZ faz um alerta para que ninguém jamais consuma o caramujo africano. Além disso, recomenda-se lavar frutas e verduras adequadamente, principalmente se consumidos crus. Não toque nos caramujos africanos sem proteção. Caso ocorra o contato, lave as mãos imediatamente com água e sabão.

Os caramujos também não devem ser transportados e nem jogados em terrenos baldios, ruas, matas, restinga, etc.

Em caso de ocorrência do caramujo africano, deve-se realizar a catação manual com luvas descartáveis ou sacolas plásticas, acondicionar os mesmos em latas ou baldes com agua e sal (proporção de 1 litro de água para 5 colheres de sal). Após três horas descartar a água em esgoto doméstico, quebrar as conchas (que podem servir de reservatório para mosquitos) e eliminar os resíduos em lixo doméstico comum.