Reduzir as complicações, internações e mortes causadas pela Influenza (gripe). Este é o objetivo da 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza que acontece de 15 de abril a 31 de maio com a meta de vacinar 80% das 465 mil pessoas que compõe o público alvo em Salvador: idosos (60 anos e +), crianças (de 6 meses a 1 ano, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres que ganharam bebê nos últimos 45 dias), trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas, população privada de liberdade e indígenas.

Durante a semana, a vacinação será realizada das 08 às 17 horas nas Unidades de Saúde. Também será feita atividades de vacinação em asilos, domicílios de idosos acamados, creches, hospitais, maternidades, delegacias e penitenciárias. Já no Dia D, em 20 de abril, além do funcionamento das unidades tradicionais, a Secretaria Municipal da Saúde instalará postos de vacinação em áreas de grande circulação de pessoas como shoppings, supermercados, igrejas e escolas, ampliando o acesso da população.

A imunização é a principal medida preventiva de enfermidades que interferem no desenvolvimento das atividades rotineiras das pessoas, garantindo-lhes qualidade de vida, bem-estar e inclusão social, podendo reduzir em até 45% o número de hospitalizações por pneumonias e até 75% a mortalidade global por complicações da influenza. Em 2011, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registradas 110 mortes por gripe em todo o Brasil. Em 2012, foram confirmados 16 casos de Influenza A H1N1 no Estado da Bahia, destes 7 casos em Salvador. Desde 2009, quando o Ministério da Saúde estabeleceu a meta de 80%, a cobertura vacinal da Capital Baiana manteve-se abaixo desse índice: 2009 (79,1%), 2010 (78,5%), 2011 (74,8%) e 2012 (75%). A vacina Influenza proporcionará proteção contra os três principais vírus que circularam no último inverno: Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, Influenza B.

Transmissão: A influenza é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório, mais precisamente o nariz, garganta e brônquios. O contágio ocorre de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar ou de forma indireta, pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas por secreções respiratórias podem levar o agente infeccioso direto à boca, aos olhos e ao nariz. Como o vírus sobrevive no meio ambiente (mãos, tecidos, superfícies porosas etc.), por tempo variável, a transmissão por meio de contato com superfícies contaminadas pode ser evitada através de práticas simples de higiene como lavar as mãos e arejar o ambiente. O período de transmissibilidade pode variar de 24 horas antes a 7 dias depois do início dos sintomas. Apesar da transmissão entre os seres humanos ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta de animais (aves e suínos) para o homem.

Durante a Campanha, os grupos prioritários terão a oportunidade de atualizar o cartão de vacinação. As crianças terão seus cartões atualizados, considerando o Calendário infantil e os adultos terão, com as vacinas dupla adulto (previne contra o tétano e a difteria) e hepatite B, considerando as suas indicações. Além disso, os idosos recolhidos a instituições e acamados crônicos, principalmente, os portadores de cardiopatias, pneumopatias e a insuficiência renal serão vacinados com a Vacina Pneumocócica 23 valente.

Campanha: Mobilização Nacional contra a Influenza

Período: 15 de abril a 31 de maio de 2013

A vacinação será indiscriminada para toda população alvo desta campanha.

Público alvo: Deverão ser vacinados todos os indivíduos na faixa etária de 60 anos e mais, Gestantes (em qualquer idade gestacional), Puérperas (até 45 dias após o parto), Crianças com idade de 6 meses a 1 ano 11 meses e 29 dias, trabalhadores de Saúde, portadores de comorbidades (conforme listagem de categorias de risco clinico definido pelo Ministério da saúde), população privada de liberdade e povos indígenas (a partir de 6 meses de idade).

Contraindicação:

·         Pessoas com história de reação anafilática prévia;

 

·         Alergia grave relacionada ao ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina.

·         Reações anafiláticas graves em doses anteriores também contra-indicam doses subsequentes.

Precauções:

·         Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.

·         As pessoas com história de alergia ao ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante a adoção de medidas de segurança. Recomenda-se observar o indivíduo por pelo menos 30 minutos, em ambiente com condições de atendimento às reações anafiláticas.

·         Em caso de ocorrência da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) no período de até seis semanas após uma dose anterior, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa sobre o benefício e risco da vacina antes da administração de uma nova dose.

Orientações gerais:

·         É importante que todos os grupos prioritários levem o cartão ou caderneta de vacinação para avaliação e atualizações que sejam pertinentes;

·         Na vacinação das crianças, é importante que os pais e/ou responsáveis levem o cartão de vacinação para que seja avaliado se a criança já tomou alguma dose anterior da Vacina Influenza para que seja instituído o esquema de uma ou duas doses.

·         Para o Grupo prioritário de Gestantes não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional.

·         A apresentação da prescrição médica será obrigatória para o grupo de comorbidade.

·         Atenção aos doadores de sangue: recomenda-se proceder a doação de sangue antes da vacinação contra influenza para não ficar inapto temporariamente (48 horas).

·         O uso de bebida alcoólica não contraindica a vacinação. 

Categoria de risco clínico

Indicações

Doença respiratória crônica

Asma em uso de corticóides inalatório ou sistêmico (Moderada ou Grave);

DPOC;

Bronquioectasia;

Fibrose Cística;

Doenças Intersticiais do pulmão;

Displasia broncopulmonar;

Hipertensão arterial Pulmonar;

Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade.

Doença cardíaca crônica

Doença cardíaca congênita;

Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade;

Doença cardíaca isquêmica;

Insuficiência cardíaca.

Doença renal crônica

Doença renal nos estágios 3,4 e 5;

Síndrome nefrótica;

Paciente em diálise.

Doença hepática crônica

Atresia biliar;

Hepatites crônicas;

Cirrose.

Doença neurológica crônica

Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica;

Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares;

Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular;

Deficiência neurológica grave.

Diabetes

Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos.

Imunossupressão

Imunodeficiência congênita ou adquirida

Imunossupressão por doenças ou medicamentos

Obesos

Obesidade grau III.

Transplantados

Órgãos sólidos;

Medula óssea.