A Unidade de Saúde da Família (USF) Alto do Coqueirinho, com apoio do Distrito Sanitário de Itapuã, realiza neste sábado (24), a partir das 8h30, uma Caminhada de Combate à Tuberculose. Os técnicos percorrerão as ruas do bairro prestando esclarecimentos para a população sobre a doença, formas de prevenção e transmissão, além da importância do tratamento oferecido através do Programa de Controle de Tuberculose (PCT), realizado pela USF.

A caminhada faz parte do serviço contínuo de enfrentamento da doença oferecido pela Secretaria Municipal da Saúde. Atualmente, 73 unidades prestam atendimento específico, ambulatorial e dispensação de medicamentos para portadores da tuberculose. Os Distritos Sanitários que mais notificam novos casos da doença por ano são Cabula/Beirú, São Caetano/Valéria e Subúrbio Ferroviário. Desde 2006, registraram 1.803, 1.386 e 1.245 casos, respectivamente. Porém, no ano passado, as maiores incidências foram registradas na população dos Distritos da Liberdade, Centro Histórico, São Caetano/Valéria, Subúrbio Ferroviário e Cabula/Beirú.

Controle da tuberculose

Salvador é a sétima capital brasileira em número de casos e um dos municípios que o Ministério da Saúde considera prioritário no controle da Tuberculose. A cada ano são notificados 2.100 casos novos da doença na capital baiana. Rosana Fialho, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, alerta que qualquer pessoa com tosse a mais de uma semana deve procurar uma unidade de saúde para realizar consulta e exames. “O diagnóstico precoce é de suma importância para eficácia do tratamento e para impedir a transmissão da doença”, afirmou. Porém, mesmo sendo curável e o tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS, a tuberculose ainda faz vítimas principalmente por conta do abandono do tratamento. O preconceito também contribui para a desistência.

Tuberculose

É uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).  Alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados. Contudo, na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de três semanas, cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos mais graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de sangue (hemoptise), colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o pulmão) – se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor torácica.

Como se transmite?

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose.

Como tratar?

O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção. A utilização correta da medicação possibilita um êxito de tratamento superior a 95%.