Os cinco mil moradores da Ilha de Maré (no verão esse número chega a sete mil) podem ficar tranqüilos quanto ao consumo da água fornecida pela Embasa na região. Segundo diagnóstico elaborado pela Coordenadoria de Saúde Ambiental (Cosam), da Secretária Municipal de Saúde, o produto tem qualidade aprovada.

Os estudos sobre o monitoramento da água tratada, realizados entre agosto de 2009 e abril desse ano, foram apresentados nesta terça-feira (03) pelo técnico Márcio Jorge dos Santos no Complexo Municipal de Vigilância à Saúde, que contou com a presença de representante da Embasa.

Entre os aspectos determinantes para o estudo está o fato de que a ilha apresenta intensa atividade industrial e portuária no seu entorno, o que exige cuidados redobrados para evitar a contaminação da água.

O coordenador e a chefe de Vigilância de Saúde Ambiental do município, Lourenço Oliveira e Luciene Costa, informaram que água tratada somente chegou ao local em 2007, observando-se que até então a população utilizava águas de fontes. Nesse sentido, frisam que é necessário o acompanhamento, que contou com análises físico-químico (medição do cloro, Ph e turbidez), micro-biológico (que detecta a existência ou não de coliformes totais), toxicológico para elementos metais (chumbo e cádimo).

Os técnicos acrescentaram que ainda em abril, quando foi finalizado o estudo, começaram as ações educativas nas cinco localidades da ilha – Santana, Praia Grande, Bananeiras, Porto dos Cavalos e Botelho. O próximo passo é a capacitação dos agentes comunitários de saúde como multiplicadores do processo, aliado ao envolvimento dos órgãos ambientais oficiais. O projeto de monitoramento será ampliado para as ilhas de Bom Jesus dos Passos e Paramana, que também somente tiveram acesso à água tratada em 2007.

Os técnicos da Cosam informaram ainda que será mantido o monitoramento constante na região, que se estenderá a estudos no solo. O órgão também alerta sobre a necessidade de averiguar a qualidade das águas das fontes, que em alguns casos ainda são consumidas para uso próprio na Ilha de Maré. O levantamento mostrou que há suspeita de riscos de contaminação na área por metais no solo e no ar, mas não na água.