É verão, o clima é quente e a cada dia a quantidade de eventos na capital baiana aumenta ainda mais. Com eles vem a aglomeração, o que acontece principalmente durante o Carnaval, a maior festa popular do planeta que reúne milhares de pessoas. Porém, especialistas alertam para a proximidade e o contato com muita gente, já que este período é propício para a contaminação da meningite.

A doença pode ser viral ou bacteriana e pode causar a morte do paciente em poucas horas. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no ano passado foram registrados na cidade 106 casos da doença com 26 mortes. Para que este número seja reduzido, a SMS, através da Vigilância Epidemiológica do Município, irá promover uma campanha educativa durante o Carnaval, informando à população sobre os sintomas da doença.

O material será distribuído principalmente em hotéis e pousadas da cidade, que neste período recebem um número muito grande turistas. Conforme a subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município, Cristiane Cardoso, as ações vão acontecer para alertar e informar sobre os procedimentos em caso da manifestação de algum dos sintomas. “É muito importante que estas ações sejam associadas às inúmeras festas populares que acontecem na cidade e, sobretudo o Carnaval, pois reúnem pessoas de todos os lugares do mundo”, disse.

Fortalecer o organismo – Ainda de acordo com Cristiane Cardoso, algumas medidas simples são essenciais para que a enfermidade, que pode ser transmitida através de contato com a saliva, como no beijo, não se alastre. O primeiro passo é manter uma alimentação saudável e balanceada, com alimentos bem lavados e optando pelos naturais. “Um organismo bem tratado é fundamental para o combate a meningite que em alguns casos se desenvolvem por alguma fragilidade”, explicou. Acrescentou ainda que durante o período de festas populares muitas pessoas passam longos períodos sem se alimentar, costumam perder noites, o que pode debilitar o organismo. “É importante estar atentos e evitar que isso aconteça, pois consegue diminuir a incidência não apenas da meningite, mas de outras doenças oportunistas”. Outra medida destacada é a higiene pessoal. Pequenos hábitos como lavar as mãos com frequência contribuem para que a doença não se desenvolva. “Assim como lavar copos e talheres”. Procurar também manter os ambientes limpos e ventilados.

A forma mais agressiva da doença é a meningocócica (tipo C), podendo causar infecção generalizada, atingindo várias partes do corpo e causando a morte do paciente se não for tratada em tempo, além de poder deixar sequelas permanentes como surdez, amputação dos membros ou danos cerebrais. A transmissão ocorre por via respiratória, através do contato com secreções como a saliva.

Os sintomas da meningite são dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, certo grau de confusão mental, febre alta, mal-estar e rigidez de nuca. Nas crianças são mais freqüentes a febre, irritabilidade, prostração, vômitos, convulsões. Além disso, pode aparecer uma mancha na pele tipo hematoma que, quando pressionada, não desaparece. A atenção e cuidado são essenciais.