Saúde e animação. Com esse lema, um grupo de mulheres se reúne todas as quintas-feiras para praticar pilates na Unidade Saúde da Família (USF) de Paramana, em Ilha dos Frades. Promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a atividade, gratuita, tem como objetivo o fortalecimento do vínculo com a comunidade, maior consciência corporal e melhor entendimento sobre a importância da prática da atividade física.

Atualmente, oito mulheres, de 35 a 65 anos, participam do grupo. Durante as aulas, que acontecem das 13h30 às 14h30, a fisioterapeuta e responsável pelo projeto, Tauana Araújo, realiza exercícios para melhoria de postura e equilíbrio, alongamento, fortalecimento muscular, resistência e prevenção de lesões.

“Há dois anos formamos o grupo, tendo em vista a necessidade de a população praticar algum tipo de atividade física. O objetivo da ação é trazer não só a prática do exercício, mas o conhecimento em saúde. Dessa forma, a gente acaba agregando o cuidado com corpo e mente à interação entre mulheres que moram na ilha. E tem sido um sucesso”, afirmou Tauana.

Avaliação e diagnóstico – Com foco na saúde da mulher, o projeto promove o cuidado com corpo humano para garantir a longevidade feminina. A inserção ao grupo acontece através de demanda aberta. Ao demostrar interesse em participar da atividade, as moradoras da ilha passam por uma avaliação prévia para diagnosticar a necessidade e, em caso positivo, encaminhadas para as aulas.

A fisioterapeuta explica que o principal foco do projeto é oferecer uma atividade física na localidade. “Existe uma dificuldade muito grande em ter que sair da ilha. O deslocamento não é fácil, e aqui não tem nenhuma outra instituição que promova esse tipo de ação. Na comunidade existem muitos casos de pessoas com doenças crônicas, por isso vimos a necessidade de trazer essa ação para prevenir doenças e proporcionar uma maior conscientização sobre a importância de praticar exercícios físicos. Além de ministrar as aulas de pilates, incentivo para que elas realizem caminhadas durante toda a semana, a fim de exercitar o corpo e cérebro”.

Há três meses, a auxiliar de serviços gerais Rúbia Santiago, de 40 anos, participa do grupo. “Sentia muitas dores na coluna, passei pelo médico e ele indicou a prática de pilates. Para mim, ter acesso ao projeto, próximo a minha casa, de forma gratuita, foi a melhor coisa que aconteceu. Se não tivesse essa aula semanal, teria que me deslocar para outra cidade e pagar valores que não cabem em meu orçamento. Aqui é ótimo, temos uma fisioterapeuta a nosso dispor, cuidando do nosso corpo”.

A aposentada Maria José Monteiro, de 60 anos, também destacou a importância da prática do exercício físico. “O acesso à ilha é complexo. Anteriormente, quando não tínhamos as aulas de pilates, ficávamos limitadas a fazer caminhadas. Agora, temos uma atividade supervisionada por uma profissional eficiente, além de fazermos parte de um grupo muito legal e animado. É maravilhoso”.