Para fechar o cerco contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikugunya, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador, realiza nesta sexta-feira (2), às 07:30h, na Barra, uma ação estratégica de abertura de imóvel para eliminação de possíveis focos do mosquito.

A atividade será realizada pelos agentes de combate às endemias, em parceria com a Guarda Civil Municipal (GCM), para manter a segurança da área; e auxílio de um chaveiro. O imóvel só será aberto após o cumprimento de alguns critérios; um deles referente a tentativa frustrada de localização dos proprietários – o que foi feito por três vezes em dias alternados.

A vice-prefeita e titular da Saúde, Ana Paula Matos, destaca que mesmo com todos os esforços da Prefeitura, a população continua sendo o maior agente de combate ao mosquito. “Dados nos revelam que os principais criadouros do mosquito estão dentro das nossas casas, seja em um vaso de planta, pneu, garrafa, caixa d’água e até mesmo piscinas desativadas acumulando água parada. A maior colaboração para preservar a saúde da família e da comunidade é evitar esses recipientes, fazer a limpeza de seus espaços e acionar o CCZ para eliminação de possíveis focos”, afirmou.

A gestora chama atenção ainda para as condições climáticas que favorecem a proliferação do mosquito. “A ocorrência frequente de chuva, elevação da umidade e temperatura, típicas dessa época do ano, exigem cuidado redobrado, o que não acontece em imóveis fechados por muito tempo ou abandonados. Por isso é tão importante essa ação, que intervindo em um único imóvel, acaba que benefiando todo o bairro. A população também pode contribuir com os trabalhos do CCZ fazendo denúncias através do 156”, finalizou.

A abertura de imóveis fechados para o combate às arboviroses está respaldada na Lei Federal 13.301, que “dispõe sobre a adoção de medidas de vigilância em saúde quando verificada situação de iminente perigo à saúde pública pela presença do mosquito transmissor do vírus da dengue, do vírus chikungunya e do vírus da zika”.

Neste ano, o CCZ já havia catalogado 15 imóveis fechados e/ou abandonados para posterior realização de abertura e tratamento dos espaços. Desses, 13 proprietários se apresentaram junto ao órgão, permitindo a entrada dos agentes de endemias e execução das atividades de inspeção e eliminação de focos do Aedes.