No total, foram contabilizados 497 atendimentos, com uma diminuição significativa dos casos relacionados a agressões físicas e, consequentemente, redução das cirurgias de bucomaxilofacial

Entre às 05 horas da sexta-feira (17) até as 05 horas deste sábado (18), os Módulos Assistenciais à Saúde montados pela Prefeitura de Salvador nos circuitos da folia registraram 497 atendimentos. O número é 40% menor que o contabilizado no segundo dia oficial da festa em 2020, quando 829 ocorrências foram realizadas.

Os atendimentos de natureza clínica – intoxicação alcóolica, tontura, náuseas, dor de cabeça – continuam sendo a principal causa de admissão, com 379 casos. Também foram registradas 34 intervenções bucomaxilofaciais, 32 traumas ortopédicos, 35 acolhimentos de enfermagem e 17 procedimentos cirúrgicos.

O circuito Dodô (Barra/Ondina) respondeu por 374 atendimentos, o Circuito Osmar (Campo Grande) por 96, o Batatinha (Pelourinho) por 22 e o Mestre Bimba (Nordeste de Amaralina) por 05.

Redução dos casos de violência – Um dos destaques do último boletim está na redução de 74% dos atendimentos relacionados aos episódios de agressão física. No segundo dia oficial da festa, foram contabilizadas 40 ocorrências desta natureza, enquanto no mesmo período de 2020 foram somados 155 casos.

De acordo com a vice-prefeita de Salvador e titular da Saúde, Ana Paula Matos, a redução das ocorrências por agressão se desdobra em outros indicadores positivos relacionados à festa, como a sensação de um carnaval mais harmonioso, o que impacta também em menos sobrecarga do sistema de saúde com a diminuição das cirurgias bucomaxilofaciais, ocupação de leitos e, pincipalmente, na redução de sequelas e traumas nos foliões.

“Em vias gerais, temos registrado uma festa mais tranquila nos circuitos. Diminuímos 74% os casos de agressão física e em 70% a realização de cirurgias de face, na maioria das vezes motivadas após envolvimento do cidadão em brigas. Essa redução é positiva em vários aspectos, principalmente quanto ao sentimento da cultura de paz na maior festa de rua do planeta. Além disso, impacta diretamente na assistência com a redução de procedimentos de média e alta complexidade, menos ocupação de leitos e sequelas nos pacientes. Seguimos como o pedido para que os foliões continuem curtindo com responsabilidade e clima de paz ”, destacou a gestora.

No total, 15 pacientes – o que corresponde a apenas 3% dos atendimentos realizados nesse período – necessitaram de transferência hospitalar para realização de consultas e exames especializados complementares.

Balanço acumulado – Até o momento, os Módulos Assistenciais registram 921 atendimentos nos dois primeiros dias oficiais da folia. O número é 30% menor que o contabilizado no mesmo período de 2020, quando 1.318 ocorrências foram contabilizadas.