Ao todo, 134 médicos vão reforçar o quadro de profissionais

Para reforçar o atendimento na atenção primária, a Secretaria Municipal da Saúde de Salvador acolheu nesta quinta-feira (12) 56 novos médicos para atuar nos postos de saúde da capital baiana. A chegada dos profissionais faz parte do programa Médicos pelo Brasil, do Ministério da Saúde. A previsão é que a cidade receba mais 80 médicos este ano, totalizando um reforço de 134 novos profissionais atuantes.

A recepção dos médicos aconteceu durante o Seminário de Qualificação do Desempenho na Atenção Primária à Saúde (APS), no hotel Fiesta, bairro da Pituba. O evento segue até esta sexta-feira (13) promovido pelo Ministério da Saúde, o encontro visa apoiar gestores de cidades na melhoria dos indicadores de desempenho no Programa Previne Brasil. Ou seja, os municípios serão capacitados para que consigam obter o máximo de recurso de financiamento das ações na APS e, consequentemente, ampliar o acesso da população aos serviços de saúde.

Ainda na tarde desta quinta (12), um ato solene aconteceu na Unidade de Saúde da Família Teotônio Vilela II, bairro de Fazenda Coutos II, no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário, marcando o início das atividades do Programa Médicos pelo Brasil no município de Salvador.

O titular da pasta, Décio Martins explicou aos novos profissionais que a atuação na atenção primária visa estabelecer um vínculo com a população, já que é uma dinâmica de acompanhamento do paciente ao longo da vida. “O posto de saúde é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde, por lá o paciente vai criar um laço com os profissionais para cuidar de forma preventiva da saúde e manter uma qualidade de vida. Por isso, o desejo é que o médico venha para a Unidade de Saúde da Família com o intuito de concretizar vínculos humanizados naquela localidade”.

Martins destacou ainda que a capital baiana instituiu o próprio Programa Integrado de Residências em Saúde (PIRS) para ampliar o atendimento nas unidades. “Todos sabemos os desafios que estamos vivendo para poder atingir as metas estabelecidas, especialmente porque estamos vindo de um período com demanda reprimida de dois anos, em razão da pandemia da Covid-19, os pacientes estão sem frequentar os postos de saúde. Participar de um programa do nosso programa de residência amplia o olhar do profissional em relação aos cuidados com os pacientes e um entendimento de como funciona a rede pública saúde em questões macro”.

*Sobre o Programa Médicos pelo Brasil*

O Programa Médicos pelo Brasil (MpB), lançado em 2019, tem entre os seus objetivos disponibilizar médicos para locais com dificuldade de fixar o profissional e com alta vulnerabilidade social, tornando um programa estratégico na Atenção Primária à Saúde. O MpB objetiva também formar mais Médicos de Família e Comunidade a fim de aperfeiçoar a assistência realizada na Atenção Primária à Saúde, além de favorecer a permanência e fomentar a longitudinalidade da atenção na APS.

O primeiro processo seletivo do Médicos pelo Brasil teve 16.357 inscrições com 8.518 candidatos aprovados no País. O concurso priorizou o provimento dos lugares mais distantes, com maior dificuldade de contratação de médicos, e a busca pela excelência clínica na APS. O vínculo oferecido pelo programa envolve contrato CLT com todos os direitos trabalhistas, benefícios adicionais para atuação nas áreas mais distantes, plano de carreira e melhores condições salariais, com remunerações de até R$ 24 mil.

*Sobre o Previne Brasil*

O Previne Brasil é o modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) instituído em 2019. Ele leva em conta quatro componentes para fazer o repasse financeiro federal a municípios e ao Distrito Federal: capitação ponderada (cadastro de pessoas), pagamento por desempenho (indicadores de saúde), incentivo financeiro com base em critério populacional e incentivo para ações estratégicas (credenciamentos/adesão a programas e ações do Ministério da Saúde). A proposta tem como princípio aumentar o acesso das pessoas aos serviços da APS e o vínculo entre população e equipe, com base em mecanismos que induzem à responsabilização dos gestores e dos profissionais pelas pessoas que assistem.