Os profissionais de saúde estão sendo treinados para realizar teste rápido específico para constatação da doença

O Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH), com o objetivo de melhorar o atendimento para os portadores da doença, começou na última quarta-feira (13) uma ação de busca ativa de casos suspeitos e de contatos domiciliares nos distritos sanitários de São Caetano/Valéria, Subúrbio Ferroviário e Itapuã.

Além disso, a iniciativa qualifica os profissionais de saúde da Atenção Primária para o uso adequado do teste rápido gratuito, que detecta o agravo. A ação, que acontece até o dia 21 nas Unidades de Saúde da Família de Boa Vista do Lobato,
Aristides Maltez, Alto da Terezinha e Parque São Cristóvão, é acompanhada pelos técnicos do PMCH conjuntamente pelo GT Hanseníase da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP/SESAB).

Para Helena Ribeiro, técnica do campo temático de Hanseníase da SMS, a idealização visa fortalecer a proposta de um acompanhamento humanizado para pacientes com hanseníase, além de ampliar a sua descoberta previamente. “Por ser uma doença que tem cura, esse diagnóstico é primordial para o início do tratamento o mais rápido possível nas unidades de saúde”, ressalta ela.

Sobre a doença

A hanseníase é uma doença crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Caracteriza-se pelo acometimento dermatoneurológico, isto é, que atinge a pele e o sistema neurológico, o que confere a doença um alto poder incapacitante, que ainda persiste como problema de saúde pública no mundo e no Brasil. Trata-se de uma doença curável com tratamento supervisionado por meio da Poliquimioterapia Única (PQT-U), oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os tipos de hanseníase são classificados quanto ao número de lesões na pele, carga bacilar e nível de acometimento dos nervos periféricos.