Dados do IBGE de 2019 dão conta de que a população de Salvador é formada por 81,5% das pessoas declaradas negras ou pardas que, historicamente, apresentam maior vulnerabilidade social e econômica. De acordo com especialistas, isso acaba refletindo também numa menor expectativa de vida e maior susceptibilidade a doenças e agravos. Associado a isso, o racismo institucional também é considerado como um dos principais inibidores de acesso aos serviços públicos de saúde e, consequentemente, a uma assistência de qualidade.

Visando chamar atenção para o problema, com o objetivo de discutir uma assistência em saúde livre da discriminação, bem como o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a população negra, foi aberta oficialmente nesta sexta-feira (01) as atividades promovidas pela Secretaria Municipal da Saúde para marcar o Novembro Negro. A primeira atividade aconteceu no 5º centro de saúde, com a realização de um seminário voltado para profissionais da rede destacando o Programa de Combate ao Racismo Institucional em Salvador nas áreas da saúde e educação.

Ao longo do mês, duas grandes feiras de saúde serão realizadas nos bairros de Periperi e Itapuã, bem como diversas atividades diárias em todos os distritos sanitários com o tema “Por uma Salvador livre da discriminação e do racismo”.

“É importante reconhecer que a maioria esmagadora da população soteropolitana é negra e precisamos cuidar das doenças que afligem com mais intensidade essa população, bem como combater o racismo de todas as formas, inclusive, o institucional. Por isso, a secretaria tomou a decisão estratégica de fazer ações efetivas durante todo o mês. Serão inúmeras atividades diárias de acolhimento, assistência e cuidado dessas pessoas que são a cara da nossa cidade”, afirmou Leo Prates, secretário municipal de saúde.

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